A doença costuma se instalar após crises de tontura por outras doenças do labirinto, ou após alguma outra doença que gerou estresse e ansiedade ou até mesmo após uso de medicações.
Talvez você deva conversar com alguém
“Nada é mais desejável do que se livrar de uma aflição, mas nada é mais assustador do que ser privado de uma muleta”.
É com essa citação que o livro começa e me estremeceu: o que me angustiava e eu carregava mesmo assim por medo do novo? Por medo de deixar o conhecido sofrimento de lado? Por medo de ter sucesso? Por medo de admitir que doía mas também servia de alguma forma?
“Não podemos ter mudança sem perda. Motivo pelo qual é tão frequente as pessoas dizerem que querem mudar, mas mesmo assim continuarem exatamente iguais.”
Você está preso numa cela de prisão, chacoalhando as barras à sua frente, sem notar que à sua direita e à sua esquerda não há grades: você é livre para contornar aquela prisão e sair.
Mas todos os dias, inconscientemente, você escolhe olhar para o mundo por essas grades da frente – chacoalhando-as e pedindo liberdade.
“Um dos passos mais importantes da terapia é ajudar as pessoas a assumir responsabilidade por suas crises em andamento, porque uma vez que elas descobrem que podem, e devem, construir suas próprias vida, veem-se livres para gerar mudanças.”
Mas muitos de nós continuam a acredita que esse probleminha é só atual – é uma enxaqueca que não melhora, é o nervoso que o parente fez passar, é mais um namorado canalha na vida, é só um trabalho exigente, é a morte de alguém, é um chefe cretino, é um zumbido que ninguém é competente para resolver, ou seja o problema é de causa externa – está fora de seu controle.
“E se os problemas são causados por todos e por tudo, por algo alheio a você, porque deveria se dar ao trabalho de mudar a si mesma? O resto do mundo não continuará o mesmo?”
Não, não continuará.
Porque “às vezes nós somos o motivo das nossas dificuldades… e se conseguimos deixar de lado nossa maneira de ser, algo surpreendente acontece”.
A saída é atravessando nós mesmas, dispostas a colocar o sofrimento conhecido de lado e encarar nossa responsabilidade por nossos sonhos, sofrimentos, emoções, trabalho e cuidado.
Talvez para você que caiu nessa página em busca de informações sobre zumbido e tontura não entenda a resenha desse livro aqui, mas considero-a importantíssima.
O tratamento psicoterápico – a terapia com psicóloga – é um recuso de mudança e melhora no tratamento principalmente do zumbido, mas infelizmente é o recurso que a maioria dos pacientes preferem não utilizar… agarrando-se a idéia de um medicamento que os livre desse problema.
Ainda não temos tal medicamento, mas é possível não encarar mais o zumbido como um problema, ou seja, que ele se torne um som de fundo, como o ar condicionado na sala da sua casa – está lá mas você não nota, não te incomoda e não tem poder sobre você e a sua felicidade.
Para tal é preciso confrontá-lo e confrontar todas as emoções e crenças que caminham com ele:
É algo grave? Posso morrer? Sou louca? Tem cura? Vou ficar igual aquela tia que reclama apenas do zumbido e cuja vida gira em torno dele? Será que já sou essa pessoa?
Esses medos, pensamentos que ficam à superfície da sua mente detém algum poder sobre a experiência que você tem com o sintoma… uma experiência negativa, de sofrimento… de catástrofe. A catástrofe te leva ao medo do sintoma… à tentar evitar-lo e encontrar-se em situações que não consegue.
Por não conseguir evitar-lo vem a ansiedade, a tristeza e o sofrimento – emoções que ressaltam ainda mais o incomodo e tornam a experiência com o sintoma pior e segue num ciclo.
Para quebra-lo essa percepção dele precisa mudar e aí entra a psicoterapia, que muda você, seus comportamentos padrões para situações, medos, relacionamentos.. que ensina a identificar emoções e regula-las, confrontando-as.
Para esse confronto você precisa de ajuda, aí entra a terapia.