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Você está num barzinho numa mesa na rua com uma roda de amigos ou num almoço de família numa churrascaria. O tintilar de talheres. Os carros passando. As conversas nas outras mesas. Pessoas rindo. Garçons passando e oferecendo carnes.

E você simplesmente não consegue acompanhar a conversa do grupo pois não consegue entender direito o que está sendo dito.

Esse é um dos sinais da perda auditiva: dificuldade de se comunicar e entender outras pessoas em locais ruidosos.

Outros sinais: zumbido, intolerância aos sons, aumento do volume da TV, dificuldade de falar ao celular, dificuldade de entender uma pessoa que usa máscara por precisar da leitura labial, intolerância a sons intensos. Perguntar frequentemente: Hã? Que?

Essas alterações iniciais da perda auditiva podem te fazer se isolar e contribuírem para um quadro depressivo… até porque no início é difícil entender que está acontecendo uma perda auditiva progressiva, porque a dificuldade não costuma ser em ouvir e sim entender em algumas situações específicas.

Além disso, quem sente essa dificuldade dificilmente procura ajuda inicialmente porque a perda auditiva e o seu tratamento com aparelhos auditivos infelizmente é um quadro tabu recheado de preconceito em nossa sociedade.

Simbolizado na personagem do programa a Praça é nossa, muitas pessoas com o sintoma evitem se comunicar por não conseguirem entender e por medo ou vergonha com o sintoma e ouvirem as famosas frases
“tá velho? Tá surdo?”.

O tratamento começa por quebrar esse preconceito, uma vez que a perda auditiva atinge TODAS as faixas etárias, em diferentes graus, e como toda condição médica merece compreensão e acolhimento.

A compreensão de entender a causa – a adequada investigação do sintoma!

Algumas das causas de perda auditiva:

  • genética
  • diabetes
  • infecções de ouvido virais (exemplo COVID, rubéola, HIV, Epstein-Barr, herpes, mononucleose, citomegalovírus, adenovírus)
  • labirintite
  • perfuração de ouvido
  • induzida por ruído (desde por trabalho ou por fones de ouvido)
  • medicamentosa
  • barotrauma
  • neurinoma do acústico
  • do envelhecimento
  • doença de Meniere
  • otosclerose
  • trauma acústico
  • genética relacionada a algum síndrome
  • aqueduto vestibular alargado
  • hipotireoidismo
  • doenças autoimunes (Lúpus, doença autoimune da orelha interna, arterite temporal, granulomatose de Wegener, síndrome de Cogan, poliarterite nodosa, síndrome de Sjogren..)
  • isquemia labirintica
  • hemorragia labirintica
  • infecção bacteriana (meningite, sífilis, mycoplasma)
  • insuficiência renal
  • tumores do ângulo pontocerebelar: cisto de aracnóide, mieloma múltiplo, carcinomatose meníngea, neurrosarcoidose, metástase do conduto auditivo interno
  • esclerose múltipla

Além da investigação da perda auditiva, o paciente com esse sintoma deve receber o tratamento para a perda auditiva e para a causa dessa perda a fim de evitar sua progressão ou reduzir ao máximo a sua ocorrência.

Quem tem perda auditiva também deve ter um cuidado extra com o estilo de vida, com uso de fones de ouvido, com exposição a sons altos e com uso de medicações que podem ser tóxicas ao ouvido.

Se você ou algum conhecido seu apresenta sinais de perda auditiva busque acompanhamento com um otorrinolaringologista de sua confiança.

E se você apresentar uma dificuldade auditiva aguda, que veio do nada busque atendimento o mais rápido possível, esse pode ser um quadro chamado surdez súbita, em que há uma perda auditiva aguda e que quanto antes tratada adequadamente maior a chance de recuperação!

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