Labirintite: como saber se realmente tenho?

Introdução: Você não é a sua labirintite

Esses relatos abaixo, infelizmente, são comuns.

• “Já tentei todos os remédios, mas nada melhora.”
• “Passei por vários médicos, e todos dizem que meus exames estão normais, mas a tontura persiste.”
• “Fui diagnosticada com labirintite, mas nenhum remédio resolve completamente. Só amenizam, e mesmo assim, a tontura não desaparece.”
• “Cansei de viver assim. Não consigo trabalhar, me exercitar ou ter uma vida normal por causa dessa tontura.”
• “Tenho medo constante de uma crise de labirintite.”

Quem sofre com tonturas muitas vezes vê sua vida inteira dominada por esse sintoma ou pelo medo de senti-lo novamente. Consegue imaginar o impacto disso no dia a dia? Sair de casa sem saber se vai passar mal no meio do trajeto? Trabalhar fingindo que está tudo bem, com medo de perder o emprego? Consultar médico após médico sem receber um diagnóstico ou um plano eficaz de tratamento?

E, talvez o mais doloroso: viver isso tudo e ainda ser desacreditado pelas pessoas ao redor, que acham que é “frescura” ou “coisa da sua cabeça.”

Se você sente tudo isso, saiba que você não está sozinho(a). Apesar do preconceito e do desconhecimento de muitos profissionais, há esperança. Existem, sim, tratamentos eficazes, e você pode melhorar.

Afinal, como saber se tenho labirintite?

Provavelmente, você não tem labirintite!

Esse termo popularizou-se tanto que virou sinônimo de tontura, tanto para pacientes quanto para médicos, incluindo alguns otorrinolaringologistas. Contudo, a labirintite real é uma condição específica, e uma otite (infecção no ouvido) ou acúmulo de catarro atrás do tímpano é essencial para seu desenvolvimento.

O que é, de fato, a labirintite?

Labirintite é uma inflamação ou infecção do labirinto, causada pela propagação de uma infecção no ouvido para essa estrutura. Ela apresenta sintomas característicos, como:

• Dor de ouvido.
• Vertigem (sensação de que o ambiente está girando).
• Enjoo e náuseas.
• Perda de audição.
• Zumbido (nem sempre presente).
• Febre (também pode não ocorrer).

Os sintomas afetam geralmente apenas um lado do ouvido e podem ser tratados com antibióticos, analgésicos e sedativos para o labirinto, que ajudam a aliviar a tontura.

Essa condição é repetitiva?

Não. A labirintite é uma doença rara que, geralmente, ocorre apenas uma vez. Crises repetidas não são características dessa condição, exceto em casos muito específicos, como pacientes com perfuração no tímpano ou colesteatoma.

Ainda assim, mesmo após a infecção ser tratada, a tontura pode permanecer por um tempo devido às lesões causadas no labirinto. Essa tontura residual desaparece quando o cérebro cria mecanismos de compensação para a perda de função no labirinto afetado.

A importância do diagnóstico correto

Mais de 30 doenças diferentes podem causar tontura, mas poucos profissionais são capacitados para identificar corretamente a causa. A tontura crônica não é sinônimo de labirintite!

Doenças metabólicas, como alterações de colesterol, insulina, tireoide e até fatores hormonais femininos, podem interferir na capacidade do cérebro de compensar problemas vestibulares. Por isso, um acompanhamento detalhado e um diagnóstico preciso são essenciais para o tratamento adequado.

Lembre-se: você não é sua tontura ou labirintite. Acredite na possibilidade de melhora, e procure profissionais capacitados que validem o que você sente e ofereçam soluções reais. Não perca a esperança.

O tratamento ideal deve ser individualizado e definido após uma avaliação médica criteriosa. Portanto, consulte um especialista em Doenças do Labirinto.